Cely Costa defendeu em 2018 uma tese em Saúde Coletiva com o título “As (im)possibilidades do desenvolvimento: enquadres da intersexualidade no Brasil contemporâneo”. Nesta entrevista, ela conta um pouco sobre a pesquisa que deu origem à tese, e como foi a coleta de informações a partir de entrevistas com ativistas intersexo brasileiras. Segundo a autora, sua análise percorreu os múltiplos sentidos de desenvolvimento (biológico, sexual, social, econômico, político e moral) interseccionados a marcadores sociais da diferença, através dos quais se produzem enquadramentos sobre a intersexualidade. Como resultado, desenha o panorama de uma distribuição diferencial de visibilidades, sofrimentos, e narrativas no âmbito da regulação de corpos e identidades não-conformes ao regime binário sexual e de gênero. Cely Costa possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará (2011). Possui mestrado (2014) e doutorado (2018) em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social (IMS/UERJ), na área de concentração em Ciências Humanas e Saúde. Durante o doutorado, realizou período sanduíche na Universidade Paris VIII com apoio da bolsa PDSE/CAPES. Atualmente é professora adjunta na Universidade Federal do Vale do São Francisco, campus Paulo Afonso. Coordena o grupo de estudos e pesquisa em gênero, sexualidade e saúde Rita Lobato. Integra a Rede Interdisciplinar de Mulheres Acadêmicas do Semiárido (RIMAS).