Camila Mozzini-Alister é doutora em Comunicação (UERJ) e doutora em Artes: Produção e Investigação (UPV, Espanha), com mestrado em Psicologia Social e Institucional (UFRGS) e graduação em Comunicação Social – habilitação Jornalismo (UFRGS). Hoje ela trabalha como educadora de redes sociais e como Adjunct Research Fellow na University of the Sunshine Coast, Austrália. Seus interesses de pesquisa atravessam as interfaces entre corpo, tecnologia, redes sociais, imigração, meditação, mente e desejo de onipresença. Ela co-editou os livros “Estudos do Corpo: Encontros com Arte e Educação” (2015) com Wagner Ferraz e “Phenomenologies of Grace: The Body, Embodiment, and Transformative Futures” (2020), com Marcus Bussey. Pela editora Appris, ela publicou a obra “Impressões de um corpo conectado: como a publicidade está nos incitando à conexão digital” (2019). Em sua carreira, ela atuou nos campos do telejornalismo, marketing digital, performance artística, dança contemporânea, educação social e arte-educação. Ao longo de sua trajetória, buscou aliar esses diversos campos de saberes e práticas para minuciosamente investigar os efeitos e afetos das práticas de mediação em redes sociais no, e sobre, o corpo.

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E-mail: camila.mozzini@gmail.com

Link para o livro Impressões de Um Corpo Conectado: Como a Publicidade está nos Incitando à Conexão Digital.

Conversamos sobre assuntos relacionados à obra escrita por Gilles Deleuze e Félix Guattari “Capitalismo e esquizofrenia”, em dois tomos: “O anti-Édipo” e “Mil Platôs”. Em especial, abordamos o conceito de “Corpo sem órgãos”, que surge inicialmente na obra estética de Artaud, e é depois elaborado por Deleuze e Guattari como um conceito filosófico. Depois da publicação de “O anti-Édipo”, algumas críticas foram feitas aos autores com respeito aos limites da experimentação que esse “corpo” poderia suportar, com o risco de evoluir para experimentações perigosas e disruptivas. Nesse sentido, os “Mil Platôs” apresentam com maior destaque o conceito de “prudência” nessa experimentação. Também conversamos sobre a questão do fascismo tal como é investigado pelos autores, desta vez em sua relação com a obra de Carlos Castañeda. Por fim, falamos sobre o conjunto da obra compartilhada pelos autores, que também engloba os livros “Kafka: para uma literatura menor” e “O que é a filosofia?”.

Frederico Lemos é Mestre em Filosofia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFF (2019) e licenciado em Ciências Sociais pela UFF (2017). Atualmente, cursa o Doutorado em Filosofia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFF, com trabalho voltado para o problema do fascismo na filosofia política de Deleuze e Guattari. É membro do GT Deleuze vinculado à Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF). Atua no grupo de pesquisa do CNPq “Deleuze: variações, intensidades e ressonâncias” (DEVIR) e no “Círculo de Leitura Spinoza e a filosofia” de Niterói.

Nesta conversa, Daniel Tourinho Peres comenta o período conhecido como “iluminismo”, “esclarecimento” (“enlightment“, “lumières“, “Aufklärung“) e sua importância para o pensamento humano, e também suas diferenças internas em cada autor e em cada país ou região. Também conversamos sobre os limites do iluminismo, e das críticas que se devem fazer a ele, sem no entanto recair num obscurantismo ou num negacionismo da racionalidade e da ciência. Por fim, falamos um pouco sobre o contexto brasileiro.

Daniel Tourinho Peres possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia (1992), mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1997) e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2002). É professor, desde 1994, da Universidade Federal da Bahia, Departamento de Filosofia e desde 2002 Programa de Pós-Graduação em Filosofia. É pesquisador correspondente do Núcleo Direito e Democracia, do CEBRAP. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia Alemã, atuando principalmente nos seguintes temas: Immanuel Kant, história da filosofia, filosofia política, direito e filosofia da história.

Links:

Kant, “Resposta à pergunta ‘O que é o Esclarecimento’?”

Daniel Tourinho Peres, “Quão obscurantista é o emplasto filosófico de Olavo de Carvalho?”

Nesta conversa, falamos sobre temas relacionados à política, à educação e à pedagogia no Brasil, em especial a partir dos efeitos da Lei 10.639/03 que instituiu o ensino de temas relacionados ao pensamento e à cultura africana. Também falamos sobre questões estéticas e poéticas.

Luís Carlos Ferreira dos Santos é Doutor em Difusão do Conhecimento, pelo Programa de Doutorado Multi-institucional e Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento, da Universidade Federal da Bahia (2019). Mestre em Educação (2014) e graduado em Filosofia (2010) pela mesma universidade. Atua como pesquisador nos seguintes temas: filosofias africanas, filosofia afrodiaspórica, filosofia da libertação, educação pera as relações etnicorraciais,filosofia da educação, filopoética e necropolítica. Membro do grupo de pesquisa: Rede Africanidades.

Nesta conversa, o pesquisador e tradutor de Plotino Junior Baracat inicia contando sobre como surgiu seu interesse pela obra desse autor, apresentando em seguida um panorama da pesquisa envolvendo Plotino e o neoplatonismo em geral em nosso país atualmente. Em seguida, falamos sobre a denominação de Plotino como um filósofo “místico” e de sua polêmica com os gnósticos. Depois, o entrevistado fez uma apresentação breve da vida e da obra de Plotino, tal como foi contada e organizada por Porfírio. Então, falou-se sobre a influência de Plotino para o pensamento posterior, tanto na Idade Média e Renascença quanto para a Modernidade e Contemporaneidade. Por fim, Junior Baracat comentou sobre o que pode haver de relevante na leitura de Plotino hoje, dando especial ênfase à conciliação entre racionalidade e espiritualidade que sua obra suscita.

José Carlos Baracat Júnior é Graduado em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (1997), mestre (2001) e doutor (2006) pela mesma Instituição, é Professor (Associado 3) de Língua e Literatura Gregas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Letras Clássicas e Filosofia Antiga, atuando principalmente nos seguintes temas: Neoplatonismo, especialmente Plotino (c. 205 – 270). No momento, dedica-se à tradução integral das Enéadas de Plotino.

Link para os textos do entrevistado.

Nesta entrevista, Leon Denis conta sobre sua trajetória de pesquisa na filosofia e sobre como o tema do veganismo pode recolocar a perspectiva de diversos estudos e de áreas de pesquisa distintas na filosofia. Também permite uma transversalidade com relação aos autores (desde a Antiguidade até a contemporaneidade), e também com relação a eixos temáticos, tais como a ética, a política e mesmo a epistemologia, já que intefere na própria concepção do ser humano e de sua relação com a produção do conhecimento.

Leon Denis é formado em filosofia e pós-graduado em psicopedagogia. Membro do Laboratório Ousia de Estudos em Filosofia Clássica do IFCS-UFRJ, membro discente do Programa de Estudos em Representações da Antiguidade – PROAERA-UFRJ e sócio efetivo da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC). Membro fundador da Sociedade Vegana do Brasil, da Liga Animalista e da EBRAV – Educadores Brasileiros Abolicionistas Veganos. Pioneiro no ensino de direitos animais, ética animal e veganismo no ensino médio público no Brasil.

Links:

O homem como animal na História Animalium de Aristóteles

Educação Vegana – Perspectivas no Ensino de Direitos Animais

Educação Vegana – A urgência de novos olhares

O modo como Carina Blacutt aborda a obra literária de Clarice Lispector é extremamente instigante, pois ela encontra duas filósofas em duas de suas personagens: Lóri e Macabéa. Não se trata de tomar a “autora” Clarice como filósofa, mas sim suas personagens femininas, perseguindo e tentando reconstituir a partir da obra literária tais filosofias que ali se expressam. Isso traz diversas contribuições tanto para a recepção da obra de Clarice Lispector, quanto para o campo de estudos que se estabelece na fronteira entre filosofia e literatura.

Além da contribuição para a área da estética, a pesquisa ainda possui aspectos que merecem ser ressaltados do ponto de vista do feminismo e do pensamento ético-político Carina Blacutt possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2010). Atualmente é docente I na Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro – Santo Cristo. Mestre em Estética e Filosofia da Arte na PPGF – UFRJ. Possui experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia da educação e estética.

É membro-fundadora do coletivo Filósofas na rede.