Em 1943, Georges Canguilhem defende sua tese de doutorado com o título Ensaio sobre alguns conceitos concernindo o normal e o patológico. Dando continuidade à nossa playlist sobre o autor, neste vídeo percorremos alguns dos principais conceitos mobilizados por Canguilhem nesta obra.
Conversei com o Prof. Dr. Genaro Camboim Lula, que nos contou um pouco sobre sua pesquisa envolvendo as fronteiras entre pensamento científico e as demais formas de pensamento, questionando a relação entre crença e saber. Um dos pontos fortes de nossa conversa se deu quando o professor narrou seu recente projeto de pesquisa para estudar o terraplanismo, assunto que voltou à tona nos últimos anos.
Infelizmente, por problemas técnicos de conexão, esta entrevista teve uma parte comprometida, mas o entrevistado nos enviou gentilmente um complemento à sua fala que incorporamos ao final do vídeo.
Genaro Camboim Lula possui graduação em Comunicação Social: Jornalismo pela Universidade Federal de Pernambuco (2000), mestrado em Sociologia pela Universidade Federal da Paraíba (2004) e doutorado (2019) em Antropologia no Programa de Pós-Graduação em Antropologia – PPGA da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. É professor ajunto da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN e ex- Diretor do Complexo Cultural da UERN, compositor e produtor cultural. Tem experiência de pesquisa na área de Sociologia e Antropologia da Religião atuando principalmente nos seguintes temas: saberes marginais, fronteiras entre saberes, religiões mediúnicas, espiritismo kardecista e parapsicologia.
Nesta entrevista, o Prof. Dr. Rineu Quinalia conta a respeito de sua prática docente no ensino de filosofia, das diferenças entre o contexto de ensino de filosofia no Brasil e na Itália (onde fez sua graduação), e também sobre sua pesquisa envolvendo a obra de Platão. Rineu Quinalia possui graduação em Filosofia pela Università Degli Studi di Roma Tre (Roma – Itália).
É Doutor em História da Filosofia Antiga pela UFSCar (São Carlos – São Paulo) e Mestre em Filosofia pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo). É pesquisador do grupo ARCHAI e membro associado da Sociedade Brasileira de Platonistas, participante do Grupo InfoClássicas e do Grupo de Estudos em Filosofia Antiga da UFSCar.
Tem experiência na docência e na pesquisa no Ensino Superior, Fundamental e Médio nas seguintes disciplinas: História de Filosofia Antiga e Contemporânea, Estética, Filosofia Política, História, Filosofia da Educação e Bases filosóficas da psicologia e da psicanálise. Foi Professor Substituto na Universidade Federal de Sergipe (UFS) e atualmente é Professor nos cursos de Filosofia (Graduação e pós) Psicologia e Pedagogia da UMESP (Universidade Metodista de São Paulo), também é Professor do Ensino Médio e Fundamental do Estado de São Paulo.
Nesta entrevista, o Prof. Dr. Luiz Manoel Lopes (UFCA) nos conta um pouco sobre sua trajetória intelectual, sobre as alegrias e dificuldades do ensino de filosofia no Brasil e também faz um paralelo entre os conceitos de geofilosofia (Deuleuze-Guattari) e geografia da fome (Josué de Castro), buscando pensar as condições geográficas do pensamento filosófico em relação com as regiões específicas de nosso país.
Luiz Manoel Lopes possui graduação em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1994), mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos (2002) e doutorado em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos (2006).
Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Cariri atuando como professor do PRODER – Programa de Pósgradução em Desenvolvimento Regional Sustentável no Mestrado em Desenvolvimento Regional Sustentável onde ministra a disciplina Estudos do Semiárido. As suas pesquisas procuram estudar os conceitos de diferença, acontecimento, agenciamentos, desterritorialização e reterritorialização como contribuições para um novo modo de pensar o desenvolvimento regional sustentável.
Tais pesquisas também possuem ressonâncias com ensino e extensão junto à graduação, uma vez que atua como professor dos cursos de graduação em filosofia, biblioteconomia e administração. As suas pesquisas no Pensamento Contemporâneo giram em torno dos seguintes pensadores: Bergson, Deleuze, Foucault, Derrida, Cheikh Anta Diop, Guattari, entre outros.
Em tempos de coronavírus, vêm novamente à tona as relações entre medicina social e economia política. Desde que Michel Foucault proferiu os cursos no Collège de France da segunda metade da década de 1970, um campo de estudos interdisciplinares se formou em relação aos conceitos de biopoder e de biopolítica. No início do curso “Segurança, território, população” (1977-1978), Foucault analisa o caso de três doenças epidêmicas ocorridas na Europa, a lepra, a peste e a varíola. A cada uma dessas doenças, sucedeu-se uma forma política. O poder soberano para a lepra; o poder disciplinar para a peste; e com relação à varíola uma forma nova veio surgir, o chamado “biopoder”. Do mesmo modo, cada uma dessas formas políticas teve um correlato econômico, sendo que a passagem do poder disciplinar para o biopoder correspondeu à passagem do modelo econômico do mercantilismo para o liberalismo, passando pela fisiocracia francesa que tem como principal representante o médico e economista François Quesnay. No curso subsequente, “O nascimento da biopolítica”, Foucault analisa o passo seguinte assumido pela civilização ocidental, com o surgimento do neoliberalismo, já em meados do século XX. Talvez não haja nada mais atual para se pensar do que essas relações entre política, economia e medicina social, e o conceito de biopolítica nos convoca a pensar sobre isso.
Entrevista com o Prof. Dr. Rubens José da Rocha, filósofo formado pela USP, mestre pela UFOP e doutor pela UFSCar. Ele nos conta sobre sua pesquisa que envolve as relações entre literatura e filosofia, a partir da obra de Fernando Pessoa.
Entrevista com a Profa. Dra. Marcia Alves, geógrafa da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Ela nos conta sobre sua pesquisa que envolve as relações entre geografia e filosofia, a partir da obra de Ernst Cassirer. Marcia Alves é licenciada em Geografia pela UEPG, mestra em Geografia pela UFF e doutora em Geografia pela UFPR, com período de doutorado sanduíche no exterior no Departamento de Filosofia da Universidade de Évora, em Portugal. Sua tese intitulada “O eu, o outro e o(s) nós: Geografia das Emoções à luz da Filosofia das Formas Simbólicas de Ernst Cassirer (1874-1945) e de narrativas das narrativas de pioneiros da Igreja Messiânica Mundial” aprofundou a filosofia cassireriana e sua contribuição para (re)pensar a questão espacial na Geografia, a partir do universo simbólico. Atualmente é professora do Departamento de Geografia da UFMT, com pesquisas na área da Geografia Cultural, Geografia Urbana, Geografia Humanista e Epistemologia da Geografia.
Link para a tese -» https://www.prppg.ufpr.br/siga/visitante/trabalhoConclusaoWS?idpessoal=52676&idprograma=40001016035P1&anobase=2019&idtc=1373
Link para o livro Cassirer: Geografia e Filosofia: https://www.academia.edu/40489514/Ernst_Cassirer_Geografia_e_Filosofia
Entrevistei o Prof. Dr. Adriano Mergulhão, que nos contou um pouco sobre sua pesquisa, sobre a sua opção pela Filosofia, sobre sua experiência em sala de aula e sobre o aprendizado e as dificuldades enfrentadas durante sua trajetória.
Sua tese defendida em 2018 junto ao Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar que tem como título “Enigma do tempo: o problema da objetividade na contraposição entre Heidegger e Cassirer”, foi laureada com uma menção honrosa no Prêmio CAPES-2019.
Em seu devir intelectual, Alexandre Koyré abordou diversos temas e autores da história do pensamento humano, sempre tendo em vista a unidade do pensamento. Primeiramente tendo se interessado pelo estudo das matemáticas, passa em seguida a pesquisar autores da filosofia medieval e do renascimento, até finalmente se consagrar como um dos maiores historiadores da ciência do século XX.
Desde a década de 1920, Canguilhem já oferecia, de modo original, soluções aos problemas filosóficos que se propôs enfrentar. Desde o início, tendo herdado de Alain e da Wertphilosophie uma filosofia axiológica, ele a pratica segundo um estilo cujo traço não se deixará apagar mesmo em seus últimos textos. Contudo, o acontecimento político da ascensão do fascismo e a iminência da guerra contribuíram decisivamente para que ele se afastasse de Alain e fosse conduzido a domínios estranhos à filosofia.