Ana Carolina de Souza Silva é graduada em Letras Português do Brasil como segunda Língua (UnB) e mestranda em Linguística (UnB). Atuou como educadora na rede privada de ensino por 11 anos. Trabalhou no ensino de Português para Ensino Fundamental II com o propósito de pensar em estratégias metodológicas que considerassem a representatividade de alunos de periferia. A partir dessa experiência, tem pesquisas focadas no estudo linguístico sobre terminologia, políticas linguísticas, arte, ideologia e negritude. Ademais, é ativista e desenvolve trabalhos artísticos com temáticas anti-racistas; esses trabalhos são apresentados em redes de ensino pública do Distrito Federal como forma de disseminar a consciência a partir da arte e cultura.
Pedro Brocco – Psicanalista. Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal Fluminense. Desenvolve pesquisas nos campos da Filosofia e História do Direito, da Antropologia Jurídica, da Ética e da Psicanálise.
Como indica o título, “A nódoa Cruz e Sousa” sugere que, se quisermos contribuir criticamente para preservar a obra desse autor, temos de falar do que ela representa – uma nódoa, o sinal de cor diferente numa superfície de cor uniforme, um estigma. Temos de falar do que nela foi reprimido. Apesar de alguns trabalhos, ainda em vida do autor, terem elogiado sua obra (da qual em vida foram publicados apenas Missal e Broqueis, em 1893), quase sempre isso se devia à incompreensão do que ela de fato significava. Se, da parte do grupo simbolista, elogiava-se a ousadia do poeta, que contrariava os ditames dominantes da poesia parnasiana, de outra parte se acusava esse “negro retinto, filho de escravos,” de nada entender da cultura a que aspirava, e que não passaria de contrabando de ideais francesas desajustados ao ideário nacional. Já depois de sua morte (em 1898, com 37 anos), lastimavam-se os sofrimentos do poeta negro, versados em seus poemas e, especialmente, em “Emparedado”. Falava-se do “Dante negro”, do “Cisne negro”, como se a cor da sua pele por si só bastasse para elevá-lo a alturas grandiosas. Com exceção de Roger Bastide, que em 1943 escreveu “Quatro estudos sobre Cruz e Sousa”, o primeiro a revelar o que significava a condição do poeta negro numa sociedade que permanecia escravista e, especialmente, como isso se tornava forma na produção do poeta, Cruz e Sousa foi canonizado como introdutor do Simbolismo no Brasil, mas essa canonização serviu-lhe para ser neutralizado. (O primeiro crítico a incluí-lo numa História da Literatura foi Ronald de Carvalho, em 1919). Trata-se, então, de investigar as razões da neutralização de Cruz e Sousa no cenário cultural e social brasileiro. Sobre isso conversaremos. Ivone Dare Rabello Professora sênior de Teoria Literária e Literatura Comparada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo Autora (entre outros) de Um canto à margem, sobre a poética de Cruz e Sousa.
Virgilio Augusto Fernandes Almeida possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais (1973), mestrado em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1980) e doutorado em Ciência da Computação – Vanderbilt University (1987). É membro da Academia Brasileira de Ciências, Academia Nacional de Engenharia e Professor Titular do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais. É também membro da ”Academy of Science for the Developing World´´ (TWAS). Seus interesses de pesquisa concentram-se em vários aspectos de Sistemas de Computação, atuando principalmente nos seguintes temas: sistemas distribuidos em larga escala e suas propriedades, internet, caracterização de tráfego e cargas de trabalho, medição, modelagem analítica de performance e planejamento de capacidade de infraestruturas de processamento de informação. Em 2006, recebeu a Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe de comendador e em 2010 a Ordem Nacional do Mérito Científico na Classe Grão-Mestre. Em 2012, recebeu a Medalha de Honra da Inconfidência, do governo de Minas Gerais. Em 2018, foi agraciado com a Grande Medalha da Inconfidência do governo de Minas Gerais. Em 2014, recebeu o Prêmio do Mérito Científico da Sociedade Brasileira de Computação (SBC). É Bolsista de Produtividade, 1A. É também “Faculty Associate with the Berkman Klein Center for Internet and Society’’ na Universidade de Harvard (2016-2018).
Gabriel Salvi Philipson é tradutor, bacharel em Filosofia (2013) e mestre (2017) em Teoria Literária e Literatura Comparada na USP. Atualmente é doutorando em Teoria e História Literária na Unicamp sob orientação de Márcio Seligmann-Silva e Susanne Zepp, com pesquisa fomentada pelo CNPq, pela FAPESP e pelo DAAD sobre a relação entre literatura, filosofia e instituição na década de 1960 no Brasil a partir de Vilém Flusser.
João Guilherme Dayrell é Doutor em Estudos Literários e Literatura Comparada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com a tese “Osman Lins: a economia da natureza e a terra por vir” e período sanduíche na Ecole des Hautes Études en Sciences Sociales sob orientação de Emanuele Coccia. Possui mestrado em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com a dissertação “O sensível cinemático: des-montagens em eles eram muitos cavalos, de Luiz Ruffato”. Possui graduação/licenciatura em Letras-Português pelo CEFET-MG, especialização realizada no Instituto de Educação Continuada da PUC-MINAS (IEC) e graduação em Comunicação/Jornalismo, também pela PUC-Minas, com trabalho final sobre as relações entre cinema e literatura a partir de Clarice Lispector e Federico Fellini. Lecionou no curso de Letras da UFMG como parte do estágio pós-doutoral realizado sob tutoria de Jacyntho Lins Brandão, que teve como resultado o livro “Três ex-tasis: o Novo Romance entre o realismo subjetivo e a cisão selvagem”, que aborda a relação dos Novos Romancistas franceses com a fenomenologia, o cinema e o primitivismo. Atualmente, realiza Pós-Doutorado no programa de Teoria Literária da USP com bolsa FAPESP. Sob a tutoria de Roberto Zular, pesquisa a relação voz e linguagem em Nuno Ramos, Padre Antônio Vieira e Guimarães Rosa.
Luís Felipe Roselino é Professor Efetivo da Universidade do Estado de Minas Gerais. Possui título de doutor em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos (2014), graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (2006). Atuando principalmente nos seguintes temas: Max Weber; György Lukács; politeísmo de valores; Theodor Adorno; Dialética negativa; teoria crítica.
Edmundo de Oliveira Gaudêncio possui graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina de Campina Grande (1978), Mestrado em Sociologia pela Universidade Federal da Paraíba (1987) e Doutorado em Sociologia pela Universidade Federal da Paraíba (2004). Atualmente é professor Associado I da Universidade Federal de Campina Grande e Professor Aposentado da Universidade Estadual da Paraíba. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Psiquiatria, Psicologia e Sociologia, atuando principalmente nos seguintes temas: psicologia médica, luto, logoterapia, morte, ética e educação.
Victória de Oliveira é doutoranda em Filosofia pela Universidade Federal do Ceará (2019 -), possui mestrado em Filosofia (2019) pela mesma Universidade, onde desenvolveu e desenvolve pesquisa que intersecciona Filosofia da Linguagem e Filosofia da Mente; graduada no curso de Licenciatura em Filosofia pela Universidade Federal do Maranhão (2016).
Francisco Bocca é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela PUCCAMP (1985); bacharel e licenciado em Filosofia pela UNICAMP (1997); mestre em Filosofia pela UNICAMP (1994) e doutor em Filosofia pela UNICAMP (2001). Pós-doutor em Filosofia pela UFSCar (2009) e pela Universidade de Paris VII – Denis Diderot (2014). Professor Titular do Curso de Filosofia e do Programa de Mestrado e Doutorado em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Atua nos seguintes temas: filosofia da história, psicanálise, literatura e ética. Compõe e coordena a linha de pesquisa Filosofia da Psicanálise, Compõe e lidera o grupo de pesquisa Filosofia da Psicanálise (PUCPR) cadastrado no CNPQ. Compõe ainda os grupos de pesquisa Filosofia e Psicanálise (UFSCar) e Filosofia e Práticas Psicoterápicas (UNICAMP) cadastrados no CNPQ. No biênio de 2008 a 2009 ocupou a coordenação do G. T. Filosofia e Psicanálise da ANPOF. Membro associado da Associação Brasileira de Estudos do Século XVIII. Foi bolsista produtividade pela Fundação Araucária – PR no ano de 2013. É co-autor da obra “Ontologia sem espelhos” (Ed. CRV, 2015) (Reeditada em 2019 pela editora L`Harmattan, Paris), autor da obra “Do Estado à Orgia” (Ed. CRV, 2016) e co-autor da obra “O pêndulo de Epicuro” (Ed. CRV, 2019).