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#25 – O que é uma teórica-doméstica? Entrevista com Mariana Pimentel
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Como ações estético-políticas podem afetar nosso convívio social? Para além de uma compreensão limitadora da arte institucional, Mariana Pimentel defende o desenvolvimento de novos modos de relação no campo estético e também na produção teórica sobre a arte. Nos últimos anos, vem desenvolvendo o conceito de teórica-doméstica, buscando problematizar as relações sociais implicadas na prática do que denomina como “maternagem”, que diferencia da mera “maternidade” em seu sentido biológico. Também propõe um diálogo em sua obra com o conceito de “artista-etc” de Ricardo Basbaum, e é defensora de uma remuneração à dupla jornada de trabalho exercida sobretudo por mulheres (a joranada doméstica remunerada, tal como preconizada por Silvia Federice).
Mariana Pimentel é Professora Adjunta do Departamento de Teoria e História da Arte do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ e do Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes da Universidade Federal Fluminense/UFF. É doutora em Letras e mestre em História Social da Cultura pela PUC-Rio. Vice-líder do Grupo de Pesquisas CNPQ ‘Práticas estético-políticas na arte contemporânea’ onde desenvolve duas linhas de pesquisa: ‘Arte, filosofia e modos de vida: subjetividades e práticas artísticas e Coletivos de arte, vida comunitária e práticas artísticas’. É autora da tese, ‘Fabulação a memória do futuro’, na qual investigou o conceito de fabulação no filósofo Gilles Deleuze e suas implicações na arte contemporânea. Publica artigos e ensaios sobre as relações entre arte, memória, ativismos e intervenções na cidade com ênfase nas ações do artista e ativista francês JR e na emergência de coletivos autonomistas brasileiros que realizam o que denomino de ações estético-políticas. Ativista do Coletivo de práticas teórico-artisticas ’28 de Maio’.