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#106 – Filosofia, educação e antropofagia | Live com Filipe Ceppas
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Nossa conversa se motivou pelas seguintes questões principais: Jean Maguë dizia que “não se ensina folosofia, mas pode-se ensinar a filosofar”. Será que é de fato impossível ensinar filosofia? Por que, no Brasil, durante muito tempo – e ainda hoje em muitos lugares – a disciplina de “ensino de filosofia” é marginalizada, havendo uma espécie de divisão hierárquica entre os que vão se dedicar à pesquisa e os que vão se dedicar ao ensino? Em que sentido o conceito de antropofagia, construído por Oswald de Andrade e avançado por antropólogos como Viveiros de Castro, permite auxiliar a compreensão filosófica do ensino de filosofia numa perspectiva crítica e emancipatória? Filipe Ceppas é formado em Filosofia pela UnB (1993), possui mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1997), doutorado em Educação também pela PUC-Rio (2003) e fez dois estágios pós-doutorais na Universidade Paris VIII. É professor associado da Faculdade de Educação da UFRJ e trabalha na formação de professores, em especial dos licenciandos em Filosofia, com as disciplinas Prática de Ensino de Filosofia e Didática Especial de Filosofia. É professor do PPGF-UFRJ, onde pesquisa temas relacionados à filosofia francesa contemporânea, ensino de filosofia e educação, e atua no Mestrado Profissional do CEFET-Rio (PPFEN), assim como no PROF-FILO (núcleo UFT). Foi coordenador do GT Filosofar e Ensinar a Filosofar da ANPOF, de 2008 a 2012. Coordena atualmente o Laboratório de Ensino de Filosofia Gerd Bornheim da Faculdade de Educação da UFRJ (LEFGB-FE/UFRJ) e o Núcleo de Pesquisa em Filosofia Contemporânea do Programa de Pós-Graduação de Filosofia da UFRJ (NuFFC-PPGF-UFRJ/CNPq). Participa como membro pesquisador do Laboratório de “Recherche sur la Philosophie Pratique et Appliquée” (L.R.Ph.P.A.) da Universidade do Egeu (Rodes-Grécia), na rede “Philosophie de l’Éducation en Praxis”.